terça-feira, 28 de junho de 2011

Jack Jhonson Álbum En Concert

que delícia!




O mais famoso surfista-cantor da atualidade, há anos figura na minha cabeça

como favorito,

Não teve música dele que eu não curtisse, desde que ouvi pela primeira vez em

alguma rádio pop.

Agora me dei de presente esse cdzinho original...

É uma delícia ouví-lo!

Até a Paola ficou serena de ouvir...

Maior clima de surf, e as letras de um texto que me identifiquei bastante.

Amei tanto quanto o do Jason Mraz...É mais um pra eu ouvir mil vezes até cansar.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Me encontro contigo

Eu sempre te encontro amor meu,


ali na Pedra do Segredo, aonde não estive sentada ainda,

só em pensamento, com a minha imaginação, fui até lá.

E lá pretendo estar, assim que for uma escaladora.

Na minha memória (do que não vivi) tu estás ali sentado.Vejo as tuas costas largas,de camiseta branca de surfista (surfista aliás que nunca foste!) com os dizeres Maresia, e aquele boné azul marinho da Lost.

Inclinado para frente, recolhendo pedrinhas, e as soltando, ali na beira do Itaimbézinho.

Pensando na tua vida, nas coisas que fizeste até agora, na tua ida até SP atrás de mim,

no desencontro de eu e tu.

Decerto pensavas o que é que eu queria com estudar Jornalismo em outro estado.

Decerto pensavas que eu era egoísta.

Decerto pensavas que...

Pensavas em tudo, e a natureza é boa, ela ajuda-nos a pensar em tudo o que precisamos, para esvaziar a mente, e aliviar a alma..

Ali, na Pedra do Segredo, escreveste teu apelido de infância.

Pensaste até em morrer ali, por tudo o que te parecia dar errado.

Se tu amor, sempre viu de longe a Deus e O chamou somente quando precisou,eu, ainda bem, sempre fui devota de dEle, e do meu anjo.

E eu te amei.

Por isso o meu anjo nunca que deixaria tu te atirar lá embaixo, que ele me ama muito.

E te ama por tabela.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Long Board

Quando eu era criança eu queria muito ser grande.


Ser grande para poder fazer todas as coisas que só as gentes grandes podiam.

Já ouvi muitas pessoas dizerem isso.

Que quando eram pequenas, queriam ser grandes.

Bem...Eu cresci, e gosto de ser grande.

Mas minha alma é de criança.

É uma delícia saber que as coisas de criança, que eu queria fazer, posso fazer...

Vam’bora monta meu primeiro long board!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pedalada noturna

Meio de mês é brabo!


15hs me atentei que precisava começar hoje as pedaladas noturnas de 40km com o grupo de ciclistas da loja onde comprei minha primeira bike,

Oslokos pedalam 40 km toda quarta às 19.

Faz uma semana que estive lá decidida a virar ciclista ferrenha.

Não adianta meu, não tenho vocação pra academia. Quanto dinheiro eu já deixei em academia, e acho que em toda a minha vida, nunca somei 6 meses de frequencia.

Eu pago, vou uma semana e adiós!

Mas bicicleta, bah...

Tu vai longe se tem parceria,

Desbrava a cidade, o campo, a praia.

Exercita o corpo, sente a natureza, expulsa os demônios que habitam as mentes que regem corpos sedentários

Eu sei que Caxias tá mais para alpinismo do que para ciclismo,me joguei na idéia.

Pedi pros caras se eu pudia entrar no grupo.

E já entrei no blog, ver as aventuras dos malucos.

Caxias x São Chico, Caxias x Interior de Caxias, Caxias x Chácaras...

Altos caminhos naturebas!

E bah...

HOje, quarta, às 19 poderia ser a minha primeira pedalada noturna!

Mas eu não tenho faróis para bike!

Estou desprovida de grana!

E eles...Ah...eles não aceitam Banricompras - Snif!

Nem eles, nem nenhuma bicicletaria de Caxias!

Ops!

Tem uma que aceita, a Zucco, na Igreja dos Capuchinhos.

Mas está com problemas na linha telefônica.

Ou seja: Gaby, não adianta mandar o motoboy lá com seu Banri que não vai comprar farol nenhum.

Eu não entendo de faróis de bikes.

Ainda não. Até porque se começa a enteder destas coisas na base da experimentação, comparando, testando, julgando.

Pela pesquisa que fiz, sei que os mais simplórios, estão na base de 40 pila, os dianteiros.

Tudo bem, sendo assim, eu pensei que na oficina de bikes perto da minha casa poderia ter um farol para empréstimo, ou conssignação...Não tinha.

Mas o cara, me fez uma bizarra sugestão:

"Olha, tu pode pegar uma lantera simples, e usar uma fita, pra fixar ela na frente. Sugestão né amiga!"

Cara, eu agradeci.

E achei graça.

Ia ser muito tiger né...

Deixa que eu vou na outra quarta....srrr

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amor pra toda a vida

Minha face busca tua face sempre!


Em toda a beleza que a vida expuser diante de mim,

Em toda a natureza

buscarei sempre.

Aquela beleza que era o nosso amor

Eu sei que ele não voltará!

Eu sei que não voltará...

Sei que não voltará!

Mas eu te amarei, sempre e sempre!

Em cada amanhecer,

Em cada anoitecer,

Em cada conquista minha,

Em cada vitória,

Em cada tristeza,

Vou recordar teu cheiro, ficar um pouquinho triste- só um pouquinho pra não morrer de amor...E lembrar que um dia, foi tão bom. Amor pra vida inteira.

Eu vou me desafiar!

Buscar coisas tão bravas,coisas que eu sonhava quando era criança;

Eu vou de atrás de sonhos meus malucos, desbravar tudo o que for sadio, e for capaz de me trazer paz e me colocar aos pés de Deus.

Eu vou te amar com meus olhos fechados, no alto de uma montanha, orando que sejas muito feliz, e que a paz te toque,

e que eu não guarde rancor.

As brisas que tocarem a minha face, serão sempre memórias de bons momentos - que eu sei foram tão poucos - que eu tive contigo.

Amor eterno, nunca morre nas mentes, de quem ama de verdade.

Tudo passa, tudo fenece, tudo esmorece.

O amor legítimo, nunca jamais passa.

Ele atravessa a eternidade, perdoa, renova.

O amor que sei, não pode se repetir, em minha alma, nunca morrerá.

Meus olhos, todos os dias, em oração me levam para os pés de meu Salvador.

Ali, pela fé, meus olhos brilham e dizem: Papai, tenho saudades do amor!

O amor único e infinito.

O amor que me ensinou gostar de mato, de natureza, de aventura;

Amor, amor, amor...

Amor que eu levarei comigo, em meus olhos eternamente.

Amor que eu se eu morrer e for pro Céu, levarei até os pés de Deus, e direi:

Pai, atravessei a vida com este amor no peito, recebe nas Tuas mãos toda a verdade, a excêntrica verdade, de que amei muitíssimo.

Se causei ódio, perdoa Senhor!

Fato é que, levo nas veias, nas entranhas, no pensamento, na alma, na essência de mim, todo o amor que se pode ter dentro do corpo.

A paz, toda a paz, eu quero encontrar, me misturando à natureza, à vida, a Deus!

Porque a paz, a legítima, eu encontrava quando fechava os olhos ao teu lado, numa manhã preguiçosa de domingo.

A paz eu encontrava na tua garupa, sem rumo, pelo mundo.



Amor eterno!!!

Realizando

Estou muito entusiasmada com a visita que fiz à terceira légua no sábado de tarde, na gruta - uma das 10 melhores rotas de escalada do Brasil, aqui, na minha cidade!!


Haviam pessoas escalando.Amei o visual, a natureza, tudo!

Hoje á noite, tenho minha primeira aula de alpinismo!

Não é maravilhoso?!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Num final de semana qualquer, em 2017

Meus filhos, minha filharada.


Eu mãezinha deles, pego-os, todos, coloco-os no carro, no final de semana.

Cada um dos 5 com seus livros preferidos em punho,Ipods, celulares, revistinhas, mochilas com os pertences para a aventura,para, como de gosto e costume dos próprios, irem até o destino sorvendo o sabor das letras,da web ou senão, descobrindo e registrando a paisagem mateira em suas cameras de celular.

Meus filhos, ah, meu orgulho inteiro por eles, por sua inteligência simples, crianças que não são arrogantes e criam o tempo todo, tem idéias, o tempo todo.

Paola, Laura, Júlia, Lavínia e Jhony.

Laura, a mais velha,está com 12 anos e é na verdade,minha irmã caçula;

Paola a segunda mais velha,é a única filha de sangue, está com 10 anos;

Julia,amiga da minha filha,com a mesma idade dela,veio conosco porque amigo que é amigo a gente leva junto;

a penúltima, Lavínia, é a filha da minha amiga Chai, tem 7 anos, e é a amiga mais nova preferida da minha Paola.

Jhony, meu sobrinho, o filho único da minha irmã, tem quase 5 aninhos;

Meus amores, vão nos bancos de trás, de cinto, minhas paixões.

Educados, porém inquietos, cheios de planos para por em prática no final de semana.

Na frente, vem minha irmã, para coordenar, meus amores juvenis, que rumam aos esportes de aventura, de final de semana.

Cachoeiras, riozinhos, terra, natureza.

"Chegamos!"

Descem do carro...

"Preciso de um banheiro" - Paola.

Lavínia:-Tia, meu celular não está pegando!

-Nenhum está meu bem!

"Olha Paola, os cachorrinhos, iguais aos meus..."Julia

“Au!-au!-au!”



Eu: “AHhhhhhhhh...saiam daqui...Morro de medo de cachorros!”



"Tia, eu quero tirar este casaco antes, estou com calor"..Jhony



Cada um quer uma coisa diferente antes de iniciarem o passeio.



"Crianças, vamos tirar uma foto, fiquem pertinho! Quero colocar nas Redes Sociais de vocês..."



Essa sou eu, num final de semana qualquer de 2017.

De bike, num domingo de manhã

Domingo de manhã, faziam 08 graus na minha Caxias linda.


Dia de céu aberto, azul com nuvens alvas bem distribuídas.

E geada nas gramas.

7 horas saltei porque tinha o passeio ciclístico nos caminhos da colônia.

Desde o Sergio me levou pra conhecer estes caminhos, há anos atras, eu passei a amá-los de paixão.

Ali eu levo todo e qualquer amigo que não seja nativo e queira conhecer a cidade.

Ali bah, eu me sinto perto de Deus mesmo.

E de bike, eu nunca tinha ido.

Eu que não sou nenhuma ciclista profissional, que nem sequer tenho bicicleta, enviei o convite por email para toda a minha lista de amigos.

Ninguém quis ir!

Todo mundo quer dormir no domingo de manhã. Eu tabém quero - de preferência até às 11hs.

Mas ultimamente, tenho desejado exercitar meu corpo junto à natureza.

Não na academia. Eu simplesmente abomino academia. Eu já tentei mil vezes, e percebi, que isto, o ir à academia, não está em mim. Não é pertinente a mim.

Eu simplesmente pago, vou 3,4 vezes, e nunca mais.

Vai-se o dinheiro, o tempo, tudo. Um desperdício.

Meu primo Felipe, de 17 anos, fofinho precisando perder uns quilinhos, foi o único que aceitou ir comigo. É claro que eu precisei insistir um pouco, mas enfim.

Ele foi comigo.

Conseguimos bicicletas emprestadas com minha prima, do São José.

Peguei o carro, apanhei o Felipe na casa dele e fomos pra essa prima pegar às bikes.

Deixei meu caranguinho ali na garagem deles, e subimos eu e o Felipe, rumo aos Pavilhões, de onde seria a "largada".

Ja na subida, antes mesmo de chegar ao local da largada, eu senti tonturas, queria desmaiar.

Sim, eu não posso ficar em jejum, e simplesmente não tive para tomar café.

Toda a sorte foi ter trazido no bolso do moletom o sofisticado suplemento para esportistas: bolacha Maria.

Além disto, minha legg super ligante preta de suplex, abriu-se bem no meio da poupança, e para minha infelicidade, eu escolhi uma tanga vermelha.

Que tragédia.

Amarrei meu moletom na cintura para esconder as vergonhas.

Saimos finalmente, e é claro que eu era a última da turma, afinal, numa manhã de geada gaúcha, os participantes do passeio eram pouco mais de 25 ciclistas praticantes, alguns profissionais talvez.

Talvez somente eu e meu primo fôssemos os leigos.

Não me importo, afinal ,eu preciso começar!!

Minha bicicleta, foi na verdade a bicicleta da minha priminha,que tem marchas, mas, marchas para passeio de crianã, não para mountain bike, ou passeios em terrenos de relevos digamos...inconstantes.

Os equipamentos apropriados que usavam destoavam das minhas meias amarelo ovo com estampa do Snoop e meus óculos de lente rosa.Um arraso eu.

Outro fator que me colocou na lanterana, foi o boné que eu usava.

Ele escapou da minha cabeça por 3 vezes!

Nas descidas, eu me empolgava, e fluuupt! - lá se ia meu boné....Eu voltava.

Na escolta do passeio, iam 2 ambulancias e um caminhão para o caso de alguem desistir ou passar mal.

Como eu era a ultima da equipe, por vezes, nas subidas fortes do percurso, onde eu ia a pé empurrando a bike a equipe de apoio no caminhão, perguntava se eu queria "subir".

-Obrigada! Eu vou continuar!



Consegui ir até o final!



Que vitória!



Amei contatar a natureza e decidi que vou comprar capacete, luvas e uma bike.



Amei mesmo, vale muito a pena fazer deixar a cama nos domingos de manhã e ir aproveitar a vida ao ar livre.



Cheguei em casa 12:00, para almoçar.

Ainda tive pique para lavar o carro, lavar o chão da minha casa, e de tarde, bem no finzinho da tarde, aproveitar os ultimos raios de sol no SESI com a minha pequena, a minha amiga amiga Jana e o baby dela, pegando os derradeiros raios de sol ao gosto de um bom chima para relaxar e receber a semana.



A vida vale a pena mesmo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

De fato, eu amo a natureza!


A sensação que ela me traz, o mato, o verde, a terra.

Eu preciso da cidade, mas eu preciso da natureza.

Ela me descansa os olhos, a mente, o corpo.

Seus cheiros de pinheiro e eucalipto, limpam minhas entranham, seu puro ar me percorre, me limpa.

As montanhas fazem-me sentir perto do Pai.

Os plátanos, eles protegem as vias.

Surfo as serras onde nasci, as paisagens de poente e nascente, que me lembram sempre o meu amor.

O meu amor eterno e inteiro.

No alto, quero voar.

Nas montanhas, quero escalar.

Nas ruas, quero pedalar, respirando o ar da Serra,dos matos, das uvas.

Cheirando as flores do campo, olhando as nuvens no céu azul, as casas de descendentes ítalos.

Bah!

Que sorte a minha ter nascido aqui.

O vento do Ninho das àguias, o cheiro das uvas em Santa Justina, o cheiro do café no Ranzolin, as águas na ponte na capela São José.

Eu me sinto realmente feliz quando saio para lugares onde posso contatar a natureza, ter certeza, de que Deus cuida de mim, interagir com o mato, a terra, cavalos, o ar, a chuva, o frio, a vida.



Deus!



Cuide sempre de mim!



Me ajude a experimentar a vida e o que de melhor ela tem!!

 
Viva a vida,o ser humano, a natureza, e o amor!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sérgio

Acordo um dia mais.








Eu só queria dizer que te amo, mais uma vez amor!







Eu escreveria em placas enormes isto.







Eu pediria perdão em letras enormes escritas no chão da tua rua.







Como uma adolescente, eu escreveria em rolos de papel higiênico inteiros, a

mesma frase de amor.



Enviaria bilhetes com corações...





Essas coisas.



Eu tenho ido longe pensar na vida, refletir meus dias, tentar ouvir a voz de Deus.



No alto de montanhas, contatando a natureza, em lugares pacíficos buscando paz.



E tenho dito a Deus que te amo.



Olhando as estrelas no Céu, tenho repetido que te amo.



Olhando a vida passar, as águas dos rios, tudo que é belo e natural, tenho apreciado e clamado por ti.



Eu tenho repetido o mantra "amor, volta!"



"Amor, não continua assim, volta!"



Nas árvores, dos montes, dos lugares que me parecem puros e vivos,

eu tenho escrito!



"Amor: te amo"



Volta amor!



Volta comigo naquele dia do rio do lagarto, eu e tu naquela água.



Volta comigo, naquele passeio de moto no confins da serra...

Volta comigo naquele banho de chuva de quando a gente era adolescente.



Pela graça de Deus, volta!



Volta amor!



Eu tenho olhado o pôr do sol e pedido: "Deus, diz pro amor voltar!"



Que eu nunca nunca posso te dizer isso, porque excedemos a regra.



Minh'alma clama: "amor,volta!!"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pra ti

Apesar de tudo...


Eu amo você!

Ouvi hoje um especialista falando na TV que o amor é uma loucura passageira

que dá na gente, que nos faz projetar a pessoa perfeita em outra pessoa durante certo tempo.

Um tempo curto.

Estar junto com seriedade, decidido a estar junto, nos faz aproximarmo-nos da

realidade, ver que a pessoa não é o projeto de perfeição que tínhamos, e

somente a nossa decisão vai pode definir se permaneceremos juntos.Ou não.

É por isso que tem a tal crise dos 7 anos,

É o tempo que se precisa para dissipar a ilusão, ver a realidade.

Ver que a pessoa, não tem jeito de ser perfeito, conforme tínhamos imaginado.

Os 7 anos já passaram para nós.

Eu continuo vivendo a loucura ainda.

Esse é o meu organismo.

Esse é o meu jeito de amar.

Eu ainda oro a Deus falando o teu nome.

Implorando por uma mudança em ti, implorando que tu ande pelo caminho correto.

Em verdade, eu penso que o tempo pode fazer com que eu viva a vida diferente,

Encontrarei outra pessoa, e talvez eu decida viver com ela, levar uma vida em paz,

construir coisas,ir ao cinema, tomar chimarrão no parque no por-do-sol,caminhar nos Pavilhões, ver a cidade do alto, ir nos caminhoes da colonia só para olhar, viajar, conhecer lugares, fazer nada. levar a vida enfim.

Mas eu sei, aqui no meu íntimo, que o amor é um filho único.

Insubstituível.

Único.

Inesquecível.

Guardadinho, quietinho. Mas ali, muito autêntico.

Na verdade, guri véio, seja tu mesmo, viva a tua vida, busque tudo aquilo que te fizer feliz - já é velho conselho de Salomão.

Eu faço o mesmo.

Mas aqui no peito, eu tenho a memória de cada dia que vivi contigo.

Os bons e os ruins.

Dos bons te juro, vou escrever um livro grosso, que inspire muita gente a amar.

Dos ruins, te digo, vou esconder minha face.

Eu, naquele tempo, grávida

Eu fiquei algumas tardes de inverno sozinha dentro de casa.


Gravidinha, eu pegava as roupas secas, uma a uma, e passava no ferro a vapor.

Guardava aquelas roupinhas na cômoda clara que comprei para a menininha que iria chegar.

Eu as organizava minuciosamente para que coubessem.

As roupas vieram de pessoas que gostavam de mim.Poucas eu comprei. Eu estava falida economicamente.

Meu pai me levava produtos de limpeza, alimentos, coisas para minha casa.

A mãe me levava frutas todas as semanas.

A Paula, me trazia carne todas as semanas e sempre tinha o cuidado de observar se eu precisava de algo.

A tia Janete, me trazia outras frescuras e trocava idéias comigo.

A Ceres, bem,não vou dizer que ela não fazia o melhor que podia, mas sogras,são sempre sogras.

As amigas da tia Janete, fizeram uma reunião em seu clube de crochê afim de confeccionarem roupinhas para a menina.

Fizeram casacos fofos, tocas, sapatinhos, mantinhas - tudo que se pode fazer.

A menina ia se chamar Alice?Clarissa?

Emilia? Lorena? Anita? Loren?Cecília? Claire?

Todos nomes de mulheres importantes para mim, escritoras, professoras, amigas, personagens que eu admirava.

Se chamou Paola.

Eu passava aquelas roupinhas e organizava aqueles brinquedos nas prateleiras que fiz.

Prateleiras com topes rosa.

Nas minhas tardes de verão, eu estive com meu macacão curto com a barriga grande aparecendo as laterais .

Ou senão estava com aquele vestidinho curto de listras coloridas muito chamativo que ganhei da Clair;

Ou usava aquele vestidinho amarelo cocô-de-criança que havia sido da minha tia.

Caminhava entre o varal lá fora e a máquina de lavar ali dentro.

Cozinhava leite de soja caseiro que eu vivia tendo desejo deste tipo de leite e fazia panquecas.

Lavava calçados, tirava o pó dos móveis, em dias quentes, lavava vidros.

Batia os tapetes, organizava os guarda-roupas e lia.

Ouvia músicas de todos os tipos, bordava toalhinhas para o bebê, tricotava um tapete infantil de girafa.

Eu modelava mini-sapatinhos de bebê que seriam as lembrancinhas para as visitas no hospital.

Modelei 60 parezinhos em massa de biscuit.

A criança chegou, eu trocava fraldinhas, enrolava paninhos de flanela, cobertorezinhos.

Dava banhos super cuidadosos em chás quentinhos de camomila.

Massageava o bebê com óleos especiais para isso, ouvia cds de músicas tranquilizantes.

Comi somente legumes e frango e em 10 dias havia perdido os 10 kg da gravidez.

Eu orava no meu pensamento, na verdade, eu cantava hinos em silencio e me transportava em meditação a lugares de paz que eu estivera em momentos anteriores.

A música me acalmava.

Porque eu estava sozinha com meu bebê em casa.

E o Papai do Céu cuidou da gente.

Eu escrevi muitas cartas neste tempo.

Muitas, coloquei fora.

Elas foram todas para ele.

Eu repartia o que sentia naquelas cartas.

Eu repartia o que esperava, o que sonhava para mim, para o bebê, para o papai.

Pobre papai!!

Vive a vida assim, tão sem rumo certo.

É certo que ainda o amo.

Ele vive em minhas orações, vive em meus sonhos, nunca morre.

Gosto dele.

A Lola também, gosta muito. Temos muito carinho por ele.

Um dia, tudo será diferente.