quinta-feira, 15 de março de 2012

Estou dentro da Armadura

Eu achava que precisava vencer a pobreza.


Eu achava que precisava estudar.

Eu achava que precisava ir a lugares que eu não tinha ido ainda.

Eu achava.

Eu achava que precisava comprar roupas que me deixassem mais importante.

Eu achava que as pessoas precisavam pensar ao meu respeito que eu era uma vencedora.

Então, achando tudo isto, eu comecei a ouvir isto, e as pessoas realmente, começaram a pensar que eu estava bem.

E eu sentia algumas vezes o breve orgulho e até a vingança passar por meus olhos e envenenar meu coração pensando sobre meus feitos: eu consegui!

Como se o fato de eu conseguir aquelas coisas, não fosse meu objetivo final. O objetivo final, seria rir daqueles que não conseguissem.

Tão mesquinho isto - e se passava por mim, em mim, dentro de mim.

Eu achava feio isto, e escondia.Ocultava. Porque eu sabia que se alguém realmente nobre de coração percebesse essa maldade em mim, por certo não me receberia.

E como eu desejo sempre ser bem aceita por pessoas nobres de espírito, sem mesquinhez!

Então a vida foi indo.

As coisas foram dando certo.

O sol brilhava para mim.

E um príncipe israelita, lindo e que dizia me amar chegou.

Era para ser a cereja do bolo.

O detalhe final que agora, por certo, me faria feliz.

Com todos os ingredientes nas mãos para me fazer feliz, bastando somente viver em paz e desfrutar de tudo o que eu achava que era suficiente para ser feliz, e que eu enfim atingira,

Senti meu coração vazio.

Um grito surdo correu de dentro do meu coração para todo o meu corpo e um estouro arrasador e ao mesmo tempo silencioso arrebatou minha cabeça.

As areias do tempo, pararam.

A rotação da Terra parou.

Minha cabeça voltou em segundos ao passado como um flash, e eu gritei!

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃAÃÃÕ! - Mas gritei sem falar.

-Esta não é a minha família!Quero minha família de volta.

Mamãe disse que isto era uma obsessão, que eu havia enlouquecido.

Eu tremendo "perdi as pernas" caí de joelhos.

Escapou dos meus olhos o brilho.

Estancou minha respiração.

Caí no colo do Anjo e não tive forças para explicar.

Mas ele olhos-me profundamente e entendeu o meu gemido:

-Diga ao Senhor, que eu desejo a minha família.

E assim, deixei o luxo de viver em paz e aparentemente bem sucedida, para lutar numa guerra de dois mundos.

Muitas vezes eu penso em desistir- eu fico cansada.

Mas então me lembro, que não consigo abandonar esta luta.

Na paz, eu choro pelo objetivo não alcançado, me culpo pela covardia de não acreditar no meu Deus.

Por isto eu estou aqui lutando pequena e sem chance- Mas dentro da Armadura dEle (e esta é a minha grande esperança de vencer).

terça-feira, 13 de março de 2012

Um milhão de páginas.


Um milhão de palavras.

Um milhão!!!

Um milhão de abraços em Ti.

Um milhão de bandeiras brancas levadas a lugares difíceis e cravadas, para chamar-Te.

Um milhão de flores.

Mas nada massivo.

Tudo, individual,uno, dedicado.

Tudo!Tudo...

Tudo para tentar chamar Teus olhos para mim.

Para andar protegida, vigiada, acompanhada.

Um milhão...Dizer um milhão é só um signo para tentar mensurar o quanto eu quero estabelecer contigo, um legítimo relacionamento.

Estou bem certa, que esta será a melhor coisa que eu posso fazer com a minha vida.

Me relacionar todos os dias da minha vida, até o fim dela, contigo.

Eu não Te conheço direito.

Eu Te conheço em parte.

Mas eu sei, que eu preciso de Ti.

Eu entendo que preciso de Ti, eu percebo, porque nenhuma coisa consegue me fazer sentir a paz que eu quero.

Deve ser Tu mesmo me fazendo compreender isto. Até isto é Tua misericórdia que faz por mim.

Porque a vida gira em torno de tudo que possa preencher este vazio que todo o ser racional busca.

E quando se atinge, se percebe, que não preenche.

Assim é a vida Jesus, sem Ti.

Eu creio que Te encontrar pode resolver todas as coisas.

Me ajuda a Te encontrar!

É só fechar os olhos e confessar todo erro, e Te pedir perdão?

Me ajuda a viver a plenitude dessa sentença tão simples, e tão difícil ao mesmo tempo.

Penitências, bandeiras, oferendas, gritos, escândalos, coisas materiais, tudo isto é o que nós seres humanos fazemos, na ânsia de Te encontrar.

Eu também às vezes tenho vontade de fazer isto.

Porque nós somos educados num sistema de troca.

Então me parece melhor, Te dar coisas, fazer coisas, para poder "cobrar" de Ti, as soluções que preciso.

Para se acaso não concordares em dar, eu poder ao menos dizer que "fiz a minha parte" e lavar minhas mãos como Pilatos, de ter compromisso ou ligação Contigo.

Me perdoa Senhor porque eu penso assim, ainda que no meu íntimo.

Me ensina que para receber as coisas do Teu Reino, eu preciso andar contigo.

Coloca nos meus olhos o brilho de quem comtempla a Tua face, como aqueles do passados que contemplaram a Tua Glória.

Não permite que meu semblante decaia, como o semblante de Caim.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Meus dois, peço a Deus

Pai,




Registra minha carta, junto com a multidão de estrelas do Céu-Te peço!

Escreve em cada estrela, por amor do Teu nome, que eu preciso e que eu amo minha família.
Que cada um,  quero sempre, no Teu altar, conhecendo quem Tu ès, bebendo da fonte da Tua paz. Aprendendo

sempre da Tua prosperidade.

Recebendo a Tua misericórdia.

Não...Não me acostumei com a ausência de nenhum,

Com o desrespeito, a falta de aviso?

também não Senhor.

Eu não consigo viver sem eles!

Eu me firo

Fere-se - digo melhor.

Fere-se o meu coração sempre que os perco, mesmo que por pouco, quando não tenho deles presença, fala, olhos.

Olhos principalmente.

Porque olhos são alma.

Eu preciso dos olhos deles.

O profundo, o mais que possível, dos olhos deles.

Que são meus amores declarados.

Não apenas declarados à pessoas, à sociedade.

Amores meus, declarados diante do trono do Altíssimo.

O Deus vivo.

O Eterno de Israel.

O Ramáh, Shama, Yaveh.

O Criador, o Redenção.

O Deus da Trindade.

Ele sim sabe.

Que amor sinto eu por eles dois...

Derramo, sempre que vou ao Trono, os nomes e as vidas, dos amores, que o Leão da Tribo de Judá, me ensinou a amar.

Jesus,

Tu És que É todos estes nomes que eu disse mencionando minha adoração.

A Ti somente eu rendo a minha alma, os meus sentimentos, os meus sonhos e as pessoas que amo.

Sendo estes dois , as pessoas que mais amo,menciono-os diante de Ti, registrando por escrito aqui no blog.

Mas Te peço, não pode ser somente aqui no blog.

Tem que ser em cada estrela.

E no caule de cada árvore.

E na planta de cada pedra.

Na raíz de cada rio.

No firmamento.

Sobretudo, em cada fibra do meu ser.

Porque família, foi a única coisa que sobrou do Éden.

Jesus, unifica a minha - por amor do Teu nome.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Quando fui para a faculdade de Jornalismo em São Paulo,eu era uma menina de 18 anos que sabia que não tinha dinheiro para pagar a faculdade.


Eu sabia muito bem disso, mas meus professores do ensino fundamental e médio, me fizeram acreditar que eu tinha muito jeito para ser uma jornalista e que eu realmente precisava estudar aquilo que eu amava: escrever. Até hoje amo estes professores. Eles fizeram por mim, o que meus pais não puderam fazer porque estavam envolvidos demais com seus problemas.

Eu não acreditava que o dinheiro pudesse ser uma barreira para os estudos.

Naquele mesmo ano o governo lançou o Pro Uni mas como era a primeira turma, ninguem acreditava muito.

Eu fui pra São Paulo, não me inscrevi no ProUni e, tentei estudar jornalismo.

Estudei um pouco.

Depois tive dificuldades financeiras, não consegui a bolsa de estudos como planejei, e voltei pra casa.

Fiquei frustrada mais de um ano.

Nada dava certo para mim,

Tudo, por minha culpa, porque eu depositei toda a minha frustração sobre os outros.

Passei a ter ódio do meu namorado porque eu decidi voltar com ele para minha cidade ao invés de permancecer lá em SP lutando pelo meu sonho de estudar. Só hoje eu enxergo como foi ilógico odiar alguém por algo que eu mesma quis.

Era mais fácil culpar alguém do que enxergar que a culpa era só minha.

O ódio, como sabemos, não nos leva a nenhum lugar que não seja escuro e frio.

Eu engravidei.

E talvez, tenha culpado toda a minha família por aquele deserto.

Eu precisava esperar...

Esperar...

Esperar o bebê nascer...

O bebê crescer um pouco...O amor não fluiía na minha família.

Os meus olhos, se fecharam,

Os meus braços, se colaram ao meu corpo.

Eu morri por dentro.

Eu Esqueci quem era Deus.



Senhor Deus, obrigado porque Tu olha para uma criatura ruim, que culpa os outros, e tem misericórdia dela.

Abre os olhos dela e a faz reconhecer que errou.

Peço perdão à minha família, pelo amor que deixei de dar, enquanto a culpava por não ter conseguido as coisas que eu achava que queria.

Se eu queria tanto aquele estudo, como achei que queria, eu estaria lá hoje com ou sem filho, com ou sem marido.

Eu não quis suficientemente.

Eu quero hoje, viver aqui onde estou, amando muito a Deus e à minha famíia.
Eu quero ter os olhos e o coração aberto para ir sempre, onde o Senhor quer que eu esteja.


Eu não quero odiar ninguém.
Senhor, me ajuda a florescer onde estou plantada.

Ajuda-me a não me iludir acreditando que ser feliz depende de estar "aqui" ou "lá".

Ser feliz, é andar contigo sempre...

ME faz entender isto.