segunda-feira, 8 de abril de 2013

Minhas Roupas


Eu não quero mais ter parte nisto.
Eu realmente, não sei como ficar livre, absolutamente não sei.
Vou à aula.
Vejo que as marcas que sempre quis comprar, usam mão de obra escrava. Praticamente escrava!
Você pode dizer que sou uma estudantezinha rebelde sem causa, e que definitivamente, não posso mudar o mundo.
Não posso mesmo, pois ele já está condenado.
Mas me alegro, se puder pelo menos, não usar roupas que custam um salátrio mínimo, e que foram feitas por mão de crianças tailandesas, chinesas ou indianas, que receberam em troca de altas produções, miserentos pratos que alguns ousam chamar de comida.
Estou chateada comigo porque sempre gostei e me espelhei tanto em portifólios de roupas vindas de lugares, que eu nem sabia.
Pobre!
Pobre mesmo!
Pobre ao ponto de não pensar porque uma roupa ou qualquer coisa de vestir, podia custar tão caro.
Imagine: eu sequer perguntava de onde vinham.
Nunca pensei.
Aliás, para que serve mesmo o cérebro!
Acabei esquecendo, porque fiquei tanto tempo no facebook olhando as vidas das pessoas.
Desculpe, esqueci mesmo.

Mas enfim, gostaria de produzir minhas próprias roupas.
Me pergunto, se eu poderia levar mais adiante meu jejum de roupas.
Jejum de compras.
Fico até dia 1º de Maio sem comprar roupas novas.
E o desafio, é continuar sendo Style!
A Jana Souza me levou a palestras sobre customização, criação e confecção de roupas.
Estou no seguro desemprego. Posso ir portanto.
Meu país ainda paga seguro desemprego, graças a Deus não moro nos Estados Unidos da América.
Moro no Brasil, e ainda me alimento da melhor coisa que deixou o falecido Sr. Getúlio Vargas: as leis trabalhistas.
Vou aprender a pelo menos confeccionar minhas próprias roupas.
Eu não vou ficar rica, eu não quero, eu só preciso de um carro.
De uma casa.
Ter comida e organização financeria pra viver até os 120 anos.
Parece ilusão.
Eu te peço, Jesus, volte logo!
Meu mundo, está podre!
Quanto mais estudo, mais vejo a corrupção, mais vejo os gordos do poder, obesos de dinheiro, e os pobres, mais secos, vazios e explorados.
Os bobos, como eu, se batendo entre propagandas, entre a ilusão de viver a própria vida à parte, sem se meter ou contaminar com exploradores.
Não tem como.
Ou vc serve a este, ou àquele senhor.
Não há meio termo.

Eu te peço Jesus, que não me tire do mundo, mas me livre do mal.
Eu e minha casa!

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