quinta-feira, 1 de março de 2012

Quando fui para a faculdade de Jornalismo em São Paulo,eu era uma menina de 18 anos que sabia que não tinha dinheiro para pagar a faculdade.


Eu sabia muito bem disso, mas meus professores do ensino fundamental e médio, me fizeram acreditar que eu tinha muito jeito para ser uma jornalista e que eu realmente precisava estudar aquilo que eu amava: escrever. Até hoje amo estes professores. Eles fizeram por mim, o que meus pais não puderam fazer porque estavam envolvidos demais com seus problemas.

Eu não acreditava que o dinheiro pudesse ser uma barreira para os estudos.

Naquele mesmo ano o governo lançou o Pro Uni mas como era a primeira turma, ninguem acreditava muito.

Eu fui pra São Paulo, não me inscrevi no ProUni e, tentei estudar jornalismo.

Estudei um pouco.

Depois tive dificuldades financeiras, não consegui a bolsa de estudos como planejei, e voltei pra casa.

Fiquei frustrada mais de um ano.

Nada dava certo para mim,

Tudo, por minha culpa, porque eu depositei toda a minha frustração sobre os outros.

Passei a ter ódio do meu namorado porque eu decidi voltar com ele para minha cidade ao invés de permancecer lá em SP lutando pelo meu sonho de estudar. Só hoje eu enxergo como foi ilógico odiar alguém por algo que eu mesma quis.

Era mais fácil culpar alguém do que enxergar que a culpa era só minha.

O ódio, como sabemos, não nos leva a nenhum lugar que não seja escuro e frio.

Eu engravidei.

E talvez, tenha culpado toda a minha família por aquele deserto.

Eu precisava esperar...

Esperar...

Esperar o bebê nascer...

O bebê crescer um pouco...O amor não fluiía na minha família.

Os meus olhos, se fecharam,

Os meus braços, se colaram ao meu corpo.

Eu morri por dentro.

Eu Esqueci quem era Deus.



Senhor Deus, obrigado porque Tu olha para uma criatura ruim, que culpa os outros, e tem misericórdia dela.

Abre os olhos dela e a faz reconhecer que errou.

Peço perdão à minha família, pelo amor que deixei de dar, enquanto a culpava por não ter conseguido as coisas que eu achava que queria.

Se eu queria tanto aquele estudo, como achei que queria, eu estaria lá hoje com ou sem filho, com ou sem marido.

Eu não quis suficientemente.

Eu quero hoje, viver aqui onde estou, amando muito a Deus e à minha famíia.
Eu quero ter os olhos e o coração aberto para ir sempre, onde o Senhor quer que eu esteja.


Eu não quero odiar ninguém.
Senhor, me ajuda a florescer onde estou plantada.

Ajuda-me a não me iludir acreditando que ser feliz depende de estar "aqui" ou "lá".

Ser feliz, é andar contigo sempre...

ME faz entender isto.

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