quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ele disse sim!

Eu nem sei o que foi


Talvez o "mau jeito"

a boca, o boné virado enfiado na cabeça,

a mesma idade minha, o sorriso.

Eu sei que essa descrição provocaria acessos de horror

na mais comportada filha, na mais prudente mãe.

Ele em si, parece que me jogou lá na adolescência, e aquele

beijinho de no máximo um minuto, me deixou

com os pés parecendo fora do chão, levitando...

com relação a isto, estou absoluta que minha intuição

foi certeira quando encasquetei com aquele piá.

Quando tenho esta sensação de impaciência e fecho os olhos no travesseiro

pra voltar no instante, a coisa pode ser grave.

Meu histórico desse sintoma é curto e acentuado.

Uma vez só aconteceu. Durou uma década.



Esse moleque nem me deu moral direito.



Aquele beijo tinha cheiro.

Não cheiro de verdade.

Cheiro imaginário de instante diferente que eu só vou saber cheiro de que é, quando sentir de novo, aí vou dizer: "Cheiro igual aquele de quando eu beijei aquele guri!"

Não é cheiro de nada, nem de gente, nem fruta, nem de perfume, nem de coisa nenhuma.

Quando beijo tem cheiro, eu não quero mais que termine, ele não é vazio.

Eu beijaria aquele piá por mais duas horas.



Eu não quero ser pecaminosa, eu estou apenas definindo o que senti.

Achei aquela boca tão maravilhosa.

fazia uns 4 beijos que eu não sentia isso.

Quatro beijos pra mim são uns dois anos - até mais, que eu sou uma pedra pra gostar de alguém.
E só beijo se gostar.
Sou uma chata.

Quero só ver...

Nenhum comentário: