quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Numa noite de Agosto, em 2009

Ouvi tua voz no telefone, era por volta da meia noite.


Eu já estava acomodada na cama com a Paola, fazia mais de uma hora, e dormíamos.

Era uma noite fria de agosto.

Ao ouvir a tua voz, fiquei paralisada na cama, sem poder falar, por alguns instantes, até que o alô insistente me fez falar meio no susto, no impacto.

Só de lembrar daquele instante, sinto de novo aquela dorzinha de barriga que sinto sempre que te vejo, te escuto, ou vejo alguma coisa tua.

Eu queria ir até você, mas vc estava a pé,não podia vir nos buscar e ninguem podia nos levar àquela hora da noite até você;

Eu liguei para todos os meus contatos, em pânico, pedindo que me levassem até você;

Eu precisava ir até você!

Você me pediu para esperar até o dia seguinte. Minha mãe pediu pra esperar até o dia seguinte.

Mas quem disse que eu conseguiria dormir depois de saber que vc estava aqui????

Eu disse que nem pensar.

Eu não achava um número de telefone de táxi.

Eu estava sem dinheiro.

Mas eu iria nem que fosse a pé até você;

Achei um número de telefone de táxi.

Enrolei a Paola bebê em 30 cobertores, coloquei no táxi e fui até você.

Meu Deus! Que felicidade!

E dormimos numa cama feita no chão, numa noite fria de Agosto.

Mamãe, Papai e bebê.

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