quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As ovelhas

Eu nunca me esqueço das ovelhas.

As ovelhas são símbolo de coisas meigas, bichinhos queridos, dificilmente brabos.

Olhar para um campo com ovelhas, num dia de sol, sentindo o vento minuano e comendo alguma coisa, enquanto me esquecia das coisas ruins da vida.

Eu sentava ali no banco de concreto, fazia perna de índio, do teu lado, abria aquele pote de alguma coisa, que eu tinha preparado com tanto carinho pra ti, e falava contigo, um pouco olhando pro teu rosto, um pouco, olhando para o horizonte,

Aquele vento esvoaçava um pouco o meu cabelo fino.

Às vezes, tu arrumava minha sobrancelha com teus dedos.

Eu olhava para o horizonte,e fazia de conta que o mundo não exisitia.

Eu olhava para as ovelhas do outro lado da tela.

Às vezes tava frio, frio,frio, mas o céu tava bem azul.

Era um frio firme.

Eu olhava para as ovelhas, olhava pra ti, mas não olhava com olhos vazios.

Eu tinha muita fé.



É que eu acredito muito em Deus.

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