A cada notícia que passa, verifico o quanto não sei de nada,
o quanto preciso conhecer sobre meu povo, sobre meu país, minha história.
Uma das melhores coisas que inventaram na era internet, na minha opinião são os
RSS Feeds, recurso que assino em sites e, sem fazer absolutamente nada, recebo
as notícias em tempo real, numa pasta à parte em minha caixa de e-mails.
Assinei recentemente os Feeds do Ministério da Cultura e tenho
lido coisas muito legais!
Do alto de meus muitos 24 anos, já passei por várias fases musicistas, literatas, cinéfilas, e
até, as fases toscas de não consumir nenhum tipo de cultura.
Não fosse a internet, o período atual que vivo - entre aulas de faculdade,
inglês, trabalho e a luta constante por tentar ser uma mãe presente de uma meniniha
de quase 4 anos ao mesmo tempo que mantenho a casa em ordem, as roupas limpas e não
bato em nenhum outro veículo enquanto estiver no trânsito com minha biz 100 - eu certamente
não teria condição nenhuma de absorver cultura.
Os feeds é que me tem permitido receber fagulhas de novidades dentro dos segmentos que
aprecio - sem é claro, me tirar das minhas tarefas.
Assim como a grande maioria dos brasileiros, eu também já pronunciei
a apoteótica frase "Brasil: o país do Futuro"
O que minha santa ignorância desconhecia (por desconhecer é que se chama ignorância, né!)
é que a Frase é título de um cara, que pelo que vi, "é o bixo".
O Stefen Zweig!
Em agosto de 2011 o livro "Brasil, o país do Futuro" completa
70 de anos de publicação - pensa que eu cogitava isso enquanto cortava legumes
sobre a panela já fervilhando a sopa?
2011 também completa 130 anos do nascimento do autor do livro,
o vienense descendente de judeus, Stefan Zweig, que refugiou-se
no Brasil em 1941- Segunda Guerra Mundial.
A nação brasileira carimbou o título País do Futuro em canções como
da Legião Urbana, em frases de políticos (como o ex-presidente Lula),
e principalmente na memória dos cidadãos que assinam este slogan para
o país em tom de ironia ou de esperança.
A casa onde viveu Zweig em Petrópolis,RJ, está sendo restaurada e abrigará
o museu em sua homenagem.
Zweig foi atacado ferozmente pela crítica de sua época que o acusava
de ter escrito "Brasil: o país do Futuro" em troca de refúgio da Alemanha
Nazista sob batuta do DIP - o poderoso órgão de Comunicação do governo Vargas.
O livro deu notoriedade ao Brasil no mundo todo quando publicado pois Zweig foi o
escritor mais lido e mais traduzido no mundo em sua época!
O museu casa de Zweig abrigará toda a obra traduzida e editada
no Brasil, recortes de jornal entre outras coisas curiosas pertencentes
ao escritor.
Em 1943, o diplomata brasileiro Paschoal estava em Londres servindo
e conheceu os cunhados de Zweig que manifestaram a vontade
de doar todo o acervo pessoal ao Brasil.Como o país estava em guerra,
não se deu importância ao caso. Ou seja, o museu casa de Zweig poderia ter muito
mais recursos se a doação tivesse sido concretizada.- Já pensou??
Participam da pesquisa estudantes austríacos e o historiador carioca
Fábio Koifman.
A filantropia brasileira e estrangeira e a Lei Rouanet viabilizam o projeto.
A abertura da casa e início das obras estavam previstas para a semana passada,
Mas em função das chuvas que assolam a serra fluminense,foram adiadas.
"Espera-se que mais surpresas projetem a memória de um dos
autores mais traduzidos da História, best-seller até hoje nas
praças europeias e americanas, e outrora muito lido pela
classe média brasileira." diz o site do ministério da Cultura.
Se eu procuro livros para selar como lidos em 2011, já encontrei 3:
1. "Morte no Paraíso" do Jornalista Alberto Dines,biografia da vida
de Zweig.
2."Quixote nas Trevas" - do historiador carioca Fábio Koifman, livro que conta a vida
do embaixador brasileiro Luiz Martins de Souza Dantas,
que chefiou a delegação brasileira na França durante 20 anos - alguns dos quais passados durante a Segunda Guerra e o Holocausto. do historiador carioca Fábio Koifman
Além de, é claro,
3."Brasil: O País do Futuro" para saber a impressão que o mundo da primeira
metade do século XX teve sobre o meu país.
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